terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Lamento existencial






Ai de mim que sigo veredas de sonhos, alamedas de quereres.

Mastiguei pó dos rastros

: não vi farol indicando direção dos olhos teus.

Segui cantando toadas tristes, dilatando essas pupilas ofuscadas
ao longo dos dias em que a distância cravou um abismo
entre o rio de fogo que sou e a frieza que és.

Destilei pólens - semeando flores - para encontrar idílios onde estejam.

Ai de mim que sigo estrelas

: companheiras nas noites amargas em que - sozinha - esperava alento.

Mas tudo que encontrei

: esquecimento.



Imagem: Paula Grenside

14 comentários:

Jens disse...

Bom que você voltou a poetar aqui, guria. E em alto estilo.
Um abraço.

Ricardo Jung disse...

tiraste de ti a droga mais viciante

e sua abstinência é a melancolia

pois que o mundo acabe, mas enquanto não acabar, sintetize poesia

Anônimo disse...

seguir estrelas e pólen pode ser realmente dificil. beijos

Gustavo Chaves disse...

Tah vendo, com uma coisa linda desta, não pode ficar tempos sem postar!

dade amorim disse...

Oi, Fernanda!
Que bom que voltou aos poemas!
Beijo pra você.

ofthewood disse...

A mesma frescura refinada das palavras.
Bj

Moacy Cirne disse...

Alameda de quereres: poesia de saberes. Beijos.

Anônimo disse...

Um intensidade à flor da pele!
Beijinhosssss

Wagner Bezerra disse...

essa entrou doce na veia Fernanda =D

abraço!

Anônimo disse...

Sei que as estrelas também te seguem.


Brilhos mutuamente atraídos...



Abraços, flores, estrelas!

Hugo Simões disse...

Lindo poema como sempre.

Beijo!

ex-amnésico disse...

Triste destino de amor que mira o inalcançável...

CORUJA PAIDÉIA disse...

Parabéns pela indicação do prêmio, tuas poesias são profundas.

Anônimo disse...

eu?
aqui?
encontrei: SENTIMENTO!