
Ai de mim que sigo veredas de sonhos, alamedas de quereres.
Mastiguei pó dos rastros
: não vi farol indicando direção dos olhos teus.
Segui cantando toadas tristes, dilatando essas pupilas ofuscadas
ao longo dos dias em que a distância cravou um abismo
entre o rio de fogo que sou e a frieza que és.
Destilei pólens - semeando flores - para encontrar idílios onde estejam.
Ai de mim que sigo estrelas
: companheiras nas noites amargas em que - sozinha - esperava alento.
Mas tudo que encontrei
: esquecimento.
Imagem: Paula Grenside
14 comentários:
Bom que você voltou a poetar aqui, guria. E em alto estilo.
Um abraço.
tiraste de ti a droga mais viciante
e sua abstinência é a melancolia
pois que o mundo acabe, mas enquanto não acabar, sintetize poesia
seguir estrelas e pólen pode ser realmente dificil. beijos
Tah vendo, com uma coisa linda desta, não pode ficar tempos sem postar!
Oi, Fernanda!
Que bom que voltou aos poemas!
Beijo pra você.
A mesma frescura refinada das palavras.
Bj
Alameda de quereres: poesia de saberes. Beijos.
Um intensidade à flor da pele!
Beijinhosssss
essa entrou doce na veia Fernanda =D
abraço!
Sei que as estrelas também te seguem.
Brilhos mutuamente atraídos...
Abraços, flores, estrelas!
Lindo poema como sempre.
Beijo!
Triste destino de amor que mira o inalcançável...
Parabéns pela indicação do prêmio, tuas poesias são profundas.
eu?
aqui?
encontrei: SENTIMENTO!
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