Sou íngreme, sabes
nos aladeirados
côncavos e convexos
[que me perfazem]
perdeste a lucidez
Minha geometria
: ângulos onde escondes
desejos para saciar luxúrias
gravadas nas entranhas de ti
Inclinada, te recebo liquefeito
no
núcleo do mundo
[meu umbigo]
e
sorvo a saliva
seiva que jorra
alimento meu
Trago teu querer
Sou
[mais que nunca]
: nômade nos espaços
não lineares
da
seara de quereres
germinados no adubo
: tua carne.
Imagem: Quark
11 comentários:
Ui!!
Ai, calor! haha.
Delícia de texto, Fernanda!
Beijos, querida.
Você tem um estilo que acho que perdi por aí .... só acho uma pena que meu sumiço involuntário não justifique um voto de paciência.
Geometria em forma de poema, encantadores os ângulos que suas palavras tomam, FERNANDA...
(Você desapareceu pq??)
Vc escreve intenso, Fe.
Lindo, como sempre.
Beijo
vc eh intensa no verso e na vida?
Oi Fernanda.
Vim aqui para me deixar encantar por teus versos calientes. Tua verve continua sensualmente afiada e de extremo bom gosto. Arriba!
Chiaro-oscuro, o frio e o quente, contração e explosão...
Música das esferas!
Beijo.
que saudades de você poeta, aparece ao menos por lá pra dar as caras, pra que eu possa saber se estas bem, o que há de novo.
Muitas coisas aconteceram por aqui, na Terra.
bonito, bonito, bonito...as usual...beijo monótono
Quente.
Isso é o que se pode chamar de poesia ardente. Ah, e isso é o que se pode chamar de ventre, uau!
Lucas Parente.
Simpática Amiga:
Uma sensibilidade sedutora feita com arrojo e determinação por sentir o que o seu Ser visualiza e concebe.
Excelente!
Beijos amigos e de muita estima.
pena
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