terça-feira, 4 de setembro de 2007

Sem Poética


Foto: Alfredo Leite



língua seca muda áspera lambe rosto mundo obtuso absurdo redondo caduco velho arqueado tempo dissoluto luto morte luto mundo melhor dia cansado vindouro dourado botas rasgadas rastros traçados história injusta povo sofrido ardido fome desgraça corrupção alienação alienígenas óbito inanição crianças mortas sorrisos roubados futuro nublado nada amor dor temor classes hierarquia almas maiores menores gente gozando dinheiro sujo comendo vento estômago ardendo língua seca áspera muda lambe rosto mundo absurdo imundo inumano voz grita esperança ação canção luta mundo melhor corrupção passado futuro claro mundo nós gente igual adeus classe social

16 comentários:

Anônimo disse...

triste a realidade da vida, né?

mas até ela fica melhor com poesia.

beijos

Moacy Cirne disse...

aridez desconforto revolta fome brasil absurdo corrupção passado presente futuro velho novo luto luta história geografia bala bola amor desamor vento ventania língua linguagem poema poesia esperança esperança

Moacy Cirne disse...

No comentário anterior, minha cara Fernanda, tentei apenas expressar o seguinte: gostei muito do seu textopoema. Beijos.

benechaves disse...

Oi, querida: interessante esta sua linha poética juntando palavras soltas e cortantes, em uma imagem que diz por si só. Um mundo imundo (curioso que eu elaborei um texto faz algum tempo com este título). Mais uma vez a pele se rasga e mostra as feridas de uma sociedade injusta.

Um beijo com justiça...

Ricardo Rayol disse...

uma forma interessante de se expressar, gostei.

Acha mesmo que tenho uma linguagem culta ou estava me zoando? rs.

Marcos Seiter disse...

Oi, guria!!

Valeu, obrigado, adorei este amor de comentário, que foi fruto de vários outros.

Bjos e bom resto de dia!!!

Marcos Ster

Ps:Voltarei para ler "Sem Poética"!

Mário Margaride disse...

Olá,
Obrigado pela visia ao meu cantinho.

Este teu texto, retrata uma realidade social. Que infelizmente existe por todo o mundo. Aí no Brasil, infelizmente de uma forma mais vincada.

Gostei muito da forma como a abordaste.

Beijinhos

B.A.R.D.O. disse...

Saudações poetísa!
Poesia concreta, que demais!
O lord Raphael, me disse que es grande crônista também, acho que ganhou dois leitores fiéis!
Meus parabéns pela sua criatividade e inteligência, vou conversar com o Lord para indicar este blog p/ nossos novatos leitores.

Até mais !

B.A.R.D.O

B.A.R.D.O. disse...

Saudações poetísa!
Poesia concreta, que demais!
O lord Raphael, me disse que es grande crônista também, acho que ganhou dois leitores fiéis!
Meus parabéns pela sua criatividade e inteligência, vou conversar com o Lord para indicar este blog p/ nossos novatos leitores.

Até mais!

o refúgio disse...

Fernanda, o mundo pode estar perdendo a poesia mas o seu texto é extremamente póetico, poesia pura!

Mudando de assunto: Você se divertiu que só com meu poema tomzéliano, não foi, beibe? ;)

Beijos.

Vais disse...

Olá Fernanda,
palavras soltas carregadas de sentidos, um texto cheio de imagens e a poesia pra elevar.
Eu gosto de uns escritos assim.
abração

Natália Nunes disse...

sinto-me tão menos gente quando recebo uma cusparada da verdade assim, na cara...

R Lima disse...

Foto real e de extrema importância.. E concordo nçao há poesia a situação tão drástica..

Ué vc tá com dois blogs agora???


[ http://oavessodavida.blogspot.com/ ]

O AveSSo dA ViDa - um blog onde os relatos são fictícios e, por vezes, bem reais...

R Lima disse...

Palavras soltas, disformes e de conjunto agregado rente ao nada..

Nada que traduz a foto do tudo que ainda há de se fazer...

Bom pensar junto contigo!!!

Bjs.

Sandra Leite disse...

Fernanda, cheguei ao teu blog pelo Balaio Processo.
Adorei seu processo criativo, em especial esse texto-denúncia-foto-resgate-poesia
Lia e ouvia o Arnaldo Antunes recitando o teu poema....parabéns!
beijos

Marcos Seiter disse...

À imagem é de umas crianças na África, mas que acompanhamos diariamente de perto no nosso Brasil brasileiro. Pensando na puta COPA, em vez de pensar no futuro da nação.
Desculpe o palavrão, mas não resisto no meio deste conformismo brasileiro. Desculpe, Fernanda!

Bjo guria, bom finde!

Marcos Ster