Coloco cada coisa em seu lugar:
harmonia na loucura
caos na lucidez
vaidade na humildade
alegria na tristeza
Detesto coisas perfeitinhas!
enxergo tumulto
onde só há calmaria
universo
fractal
fragmentado
meus poemas
sem rima
sem nexo
melhor que isso
só sexo!
insisto em pegar fogo
labaredas me consomem...
Hoje também é assim:
ardor
fulgor
tudo em mim
Ontem
me fiz
cinza
e pó
de onde retornei
me fiz
e faço
Emendo
minhas partes
me recomponho
Chovia...
a chuva
me esfriou
Havia
(mas não sabia)
algo que se perdeu
A frieza me atordoa.
Sou verão!
Marquei encontro com o fogo
Ardi junto com ele
Sou chama
sou eu
em
mim.
Imagem: http://thumbs.photo.net/photo/3376154-sm.jpg
15 comentários:
Fumaça no pulmão
Álcool no sangue
Grito no silêncio
Justiça no povo
Povo na injustiça
Silêncio no grito
Palhaço no planalto
Político no circo
Pé no bucho
Mão na cara.
PS:Me empolguei.Vim aqui sempre é foda!
Por isso venho todo dia.huehueue
Bjus moça =]
Tá muito bom assim, és uma bela chama! Um beijão.
Oi, Fernanda: mais um 'descompasso' na sua poesia. É a chamada 'inversão de valores'. Pra que tudo certinho? Melhor mesmo sem rima e nexo. Somente sexo!
Um bela composição nestes meandros onde vive o 'caos na lucidez'e a 'harmonia na loucura'. Ou ainda: a visão de um tumulto onde só existe calmaria.
Um beijo inverso...
que a chama se matenha sempre acesa!
=)
agradeço as palavras lá no blog e é muito bom ver meu link aqui.
muito intenso o texto, do jeito que eu gosto.
beijos.
me sinto em casa aqui!!!
teu espaço me é muito agradável!!!
beijos.
Fractal, fractal...
Adorei essa palavra!
Fernanda, eu fico pra lá de lisongeada quando vc visita meu blog rsrsrs. Obrigada.
Concordo com vc, acho q nossas trocas têm potencial para serem produtivíssimas!
beijos!
"sou chama, sou eu em mim", muito bom! gostei do ritmo desse poema, bem ágil.
obrigado pelos comentários, voltei aqui mais vezes também :)
Fernanda, teus poemas continuam muito bonitos.
Beijos.
Fernanda!
"Insisto em pegar fogo
as labaredas me consomem".
Deliciosamente perfeito!
Teus comentários no blog Mude acabam ficando melhores do que os posts!
Abraços, flores, estrelas..
.
Eu AMO quando tem rimas! (repetindo isso pela enésima vez).
Muito bom esse descompasso bem compassado... rs
"meus poemas
sem rima
sem nexo
melhor que isso
só sexo!"
Vai um anexo ?? Depois conto... rs
beijos, fica com Deus, boa sexta feira!
Donzela gulosa e talentosa.
Senti sua falta e invadi seu espaço. Sei que aqui adormecem as suas idéias melodiosas e agradáveis.
Sua definição... mágica.
Gostei da parte da chuva...
Hehe...
Sua escrita é desmedida e cativante.
Adoro-te.
A poesia se faz dionisíaca, quando, para muitos, deveria ser apolínea: os fogolabaredas (bela concreção) que a realizam poeticamente são o teu próprio e inexorável ardorfulgortudo (outra concreção de arrepiar mentes e corações). Enfim, Vocêemvocê - a Poesia.
uau. gostei muito desse poema.
muito bonito. =]
Oi, guria!
Fogo,sexo,ardor.
Felicidade e tristeza.
A vida minha!
Perfeição xô.
Adorei.
Bom finde!
Marcos Ster
Oi Nanda (posso te chamar assim?):
Há uma rebeldia na tua poesia que me atrai, me chama...
Sou da estirpe de Charles Bukowski, não sei se conheces, um cara que gostava de remar contra a corrente.
Detecto isto na tua poesia: irreverência, inconformismo, sem-vergonhice, voluntarismo...
Poderia citar outros autores que também já foram considerados malditos, iconoclastas, mas que hoje são famosos e reconhecidos pelo establishment literário - como Baudeleire, H. Miller, James Joyce e os beatnicks (Kerouack, Burroughs e Grinsbgerg) e mais uma porrada de caras.
Infelizmente, o mesmo não ocorre com mulheres como Érica Jong (a Henry Miller de saias), Anais Ninn (tem um livro só de sacanagem, que escreveu para ajudar o Henry M., que é uma porrada), Virgína Wolff (que antecipou o experimentalismo de Joyce), Gertrude Stein (que consagrou a expressão Geração Perdida, para desgosto, inveja e vingança eterna de Hemingway) e Zelda Fitzgerald, que escrevia contos tão bons perspicazes e sensíveis como os de Scott Fitzgerald (que também foi condenado ao ocaso, por não ser tão viril como seu conterrâneo e comtemporâneo Hemingway, um escritor menor na minha opinião e na de Paulo Francis - se quiseres, um dia explico com alegria.
Acho que estou escrevendo demais e não explicitando de forma abragente as minhas referências. Assim, não vou falar de Hilda Hist (não a poeta, mas a que escreveu o Caderno Rosa de Lori Lamb, com ilustrações de Millôr Fernandes).
Bem, onde quero chegar com tudo isto?
A lugar nenhum. Só dizer que gosto do que você escreve e que gostaria de te linkar lá na Toca.
Mas prepare-se: eu sou assim, imprevisível.
(Inofensivo, na maioria das vezes).
Espero tua autorização. Ou não.
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