domingo, 5 de agosto de 2007

O Poeta e a Poesia


Antes de tudo a poesia que expressa!

O que ela expressa?Ruminações subjetivas?

Sentimentos indescritíveis?

Tudo!?

Nada!?

Meu eu poético fala a esmo:

Dores
Amores
Injustiças
Saudades
Alegrias
Fantasias


[...]


Pode a poesia ser indiferente a algo?

Ou expressa o que o poeta sente?


[Silêncio...]


Foi-se o tempo em que era cerceada.

Agora, dizem, deve ser livre.


[Tateio o sentido da frase...]


Ouço um grito de liberdade.


[Ecoa!]


Desdobra-se no verbo.

Resta-me a certeza da poética desgarrada:

Mundana
Profana
Beata
Casta


[O que for!]


Indiferente nunca.

Um poeta não pode ser indiferente.

Se for, a poesia morre.

Ou ele, como poeta.

16 comentários:

benechaves disse...

Ola!

Desculpe-me a intromissão, mas viajando por aí descobri o seu espaço. Achei-o muito lindo, com informações, belas fotos e poemas instigantes. Que ele tenha boa sorte e sucesso!

Um beijo inicial...

Logan Araujo disse...

Cheguei até você de um link no blog do oscar, muito legais seus escritos e vi pelas datas que vocês atualiza quase que diariamente vou te linkar pra voltar mais facilmente.

Citadino Kane disse...

Bom conhecer blogs de poetas.
Somos vizinhos e São Luiz é uma cidade linda.
Beijos,
Pedro

Osc@r Luiz disse...

Se for indiferente não é poesia.
Se for poesia não é indiferente.
Com toda certeza, Fernanda Passos não é indiferente!
Beijo!
Wolverine e Pedro Nelito são gente da mais alta estirpe. Endosso e assino embaixo.

Anônimo disse...

Oi, cheguei aqui pelo post do Oscar.
Vc escreve muito, menina. Adorei.
Acrescentei no Feed, voltarei sempre para te ler.

beijo

Osc@r Luiz disse...

Erika, então, nem se fala...
Grande aquisição pra ambas!
Beijo!

MARCO ANTONIO DE MATTOS disse...

Olá minha querida, adorei seu espaço.
Sou amiga do Oscar.
Parabéns!!!!

Anônimo disse...

Querida,
Por AMAR poesia cheguei aqui através do Oscar Luiz e não me arrependi, Parabéns, vc escreve muito bem!
Vou te linkar, posso? Assim volto sempre que der, pois cá entre nós: Vivo correndo....rs

Uma semana iluminada, Beijo, Cris

Anônimo disse...

"Foi-se o tempo em que era cerceada.
Agora, dizem, deve ser livre.
[Tateio o sentido da frase...]
Ouço um grito de liberdade.
[Ecoa!]"
Fê, o que eu tenho a dizer é que minha admiração já não é mais espanto. Você está amadurecendo muito com seus poemas. E esse meio quase fim, é simplesmente espetacular! (adoro suas 'indagações' nos poemas, tem sempre uma crítica numa pergunta sem resposta)
Um beijo minha linda!!
(agora minha internet voltou!!!)

Ricardo Rayol disse...

Somos dois então que arriscamos e não sabemos se o que escrevemos é ou não poesia. Que o seja. Belo texto esse.

PS: O Oscar fez propaganda, vim aqui alé disso por que minha família é de São Luis. Sou bisneto de Antonio Rayol, o tenor.

Moacy Cirne disse...

A poesia é: libertária, libertinária. Como a que você sprocaura fazer. Um beijo.

o refúgio disse...

Essa filósofa-poeta ainda vai dar o que falar...rsrs...
Maravilha, Fernanda!
Beijos.

inutilia sapiens disse...

Acabei por odiar a poesia. E poderia ter sido diferente?

Qual o destino reservado à essa quimera maldita, pérfida desde a sua essência, no coração de todos aqueles que cometem a extrema tolice de apaixonar-se por ela?
Oh! Caímos todos na armadilha!
E poderia ter sido diferente?

O que, à principio, poderia comportar nossa sede, nossa vaidade, nosso desespero inocente, nossa genuína necessidade de glória?
Que elemento, além dela, abriga tão bem aqueles que não se ajustam, que duvidam, que NÃO ACEITAM?
E então a desgraçada abriu os braços e sorriu, e fomos todos jogados aos seus pés.
E poderia ter sido diferente?

A puta fez de nós rebeldes malditos, anjos endemoniados, deuses!
Deu-nos a crença no próprio ego e desprezo pelos demais.
Acreditamo-nos invencíveis e a amamos com abandono, oferecendo-lhe presentes – nossos “escritos”, cadernos, noites, sangue! Para satisfazer-lhe o espírito caprichoso.

Acreditávamos saber usá-la tolos que éramos!
Vivemos amores falsos, vidas falsas, aventuras e tragédias falsas. Alegrias mentirosas e tormentos paranóicos.

Então, inevitavelmente, questionamos a magia, de joelhos compreendendo que a odiamos hoje pelo mesmo motivo que, antes, nos havia feito adorá-la, e somos forçados a escolher entre a mediocridade, a desistência ou a grandeza.
A maioria escolhe a mediocridade, submissão e covardia.
Os que optam pela desistência também tornam-se mortais novamente. Alguns, sem a máscara, terrivelmente desorientados. Outros apenas esquecem...

Quanto aos “grandes”, os que chamamos “gênios”, são aqueles cujo ódio contém os gritos de mil infernos. Esses aprendem a dominá-la.
Esses se levantam, agarram-na pelos cabelos, atiram-na ao chão e dançam sobre ela!

...e poderia ter sido diferente?

beijos.
apareça.

Sol Noturno disse...

o poeta... catarse... é isso!

Jens disse...

Me fizeste lembrar de uma música do Gil (na verdade um poema):

(...)
Não se deve exigir do poeta
que determine o conteúdo da sua lata
(...)
Na lata do poeta
tudo nada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
com que na lata venha caber
o incabível...
***
É isso. Um abraço e um beijo.

Pripa Pontes disse...

Um poeta deve falar sempre do que sente , do que deseja, sem cercas nem arrodeios...foi-se os tempos parnasianos onde a busca era pela forma e não pela expressão do ser, vivemos agora o verso livre!

lindo poema, como todos que vc escreve!

Bjos!